Letramento alimentar de mulheres brasileiras privadas de liberdade: avaliação pelo NLit-Br-Nutrition Literacy Assessment Instrument for Brazilians
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Resumo
As Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT) são um sério problema global de saúde pública, sendo responsáveis pela maioria das mortes anuais no mundo. Essas doenças também afetam a população carcerária, com maior prevalência de fatores de risco, que incluem a má alimentação, entre as mulheres. Promover o letramento alimentar (LA) surge como uma estratégia essencial para adoção de estilo de vida saudável dentro e fora do ambiente prisional. Este estudo tem como objetivo avaliar o letramento alimentar de mulheres privadas de liberdade. Trata-se de um estudo transversal, descritivo e quantitativo, realizado com mulheres do presídio de Cajazeiras-PB. Utilizou-se um questionário sociodemográfico, e o NLit-Br para avaliar o LA das participantes. Os dados coletados foram analisados utilizando métodos estatísticos descritivos, com o auxílio do software Excel. A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Estadual do Ceará, sob o número 6.675.141. Participaram do estudo 11 detentas, com maior parte na faixa etária de 18 a 30 anos, pardas, solteiras, com ensino médio incompleto, e que exerciam atividades laborais antes da prisão. Apesar da maioria ter um bom desempenho no Nlit-Br, com média de 58% de acertos, foi relevante o percentual de erros. A menor média de acertos foi no domínio de rótulos de alimentos e números, enquanto a maior foi na categoria de grupos alimentares. Os resultados permitiram identificar as demandas deste grupo populacional, o que viabiliza a adoção de estratégias educativas apropriadas.
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